O desejo de pesquisar/desenvolver a criatividade na formação de professores é algo que, conscientemente, me acompanha e inquieta desde a formação como estudante do curso de licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Sergipe - UFS, em meados da década de 1980. O interesse para o estudo da criatividade deu-se quando um professor do Departamento de Educação Física (DEF) da UFS, retornou da Alemanha, no ano de 1985, onde cursou o mestrado em Educação Física e reassumiu as disciplinas Recreação e Prática de Ensino em Educação Física I. Foi uma bela coincidência, matricular-me nesses componentes curriculares, justamente no momento da sua retomada, pois, pela sequência da matriz curricular do curso era para tê-las cursado no ano anterior, uma vez que estava prestando o serviço militar obrigatório. Nas aulas desse professor, a palavra criatividade soava aos meus ouvidos como uma cantoria de prazer e de contentamento em ensinar e foi a partir desse momento que decidi que seria um professor dedicado a esse campo de conhecimento.
No ano de 1989, ingressei na Petrobras, acumulando as atividades de industriário e de professor da rede pública estadual de ensino. Em 1997, participei de um programa de “treinamento” da empresa denominado “Criatividade não é Dom!”, um curso vivencial de 50 horas, ofertado aos funcionários da Unidade de Exploração e Produção Sergipe/Alagoas – (E&P/SEAL), objetivando desenvolver o potencial criativo das pessoas que ali trabalhavam, pois a referida unidade não vinha apresentando desempenho satisfatório frente as demais, e a direção acreditou que, mobilizando os empregados, mediante um programa de criatividade, seria o ponto-chave para a mudança desse cenário.
À partir dessas experiências, na primavera de 1997 criei, como projeto piloto, um curso de 16 horas para as professoras da Escola de 1º Grau João Paulo II, da rede pública estadual onde lecionava, e as professoras da Cooperativa Educacional de Sergipe, rede privada, escola onde meus filhos estudavam. Dei ao programa o título de Desperte o seu Eu Criativo pelo fato de a proposta estar alicerçada na autopercepção; na possibilidade de aprofundamento da consciência de si e da apropriação de conhecimento e das habilidades criativas.
 No ano de 1998, desliguei-me da empresa estatal com o intuito de me dedicar, exclusivamente, na profissão professor, o que me fez retomar os estudos autodidatas sobre criatividade, bem como elaborar programas para trabalhar a formação continuada para docentes.
No ano de 2022 houve a transição do nome do programa para Escolas que Criam. A partir da leitura de dois livros, Escolas que aprendem, de Peter Senge e Mentes criativas, de Howard Gardner, compreendi que o desenvolvimento da criatividade pode ser potencializado na educação, particularmente nas instituições de ensino, sejam elas de educação básica ou de ensino superior.
Acima, está a primeira logo do ​programa desenhada numa folha de papel e na seção DESPERTE O SEU CRIATIVO, estão algumas fotos do curso.